Na busca de tentar reduzir o desemprego no Brasil, o governo
Temer prepara medida criando a jornada flexível de trabalho. A proposta é
permitir a contratação de trabalhadores por hora de trabalho, em jornada
intermitente.
Com isso, empregador poderá escalar o funcionário em determinado
horário de trabalho e em dias diferentes da semana. Em troca, o funcionário poderá ter mais de um emprego, em
expediente flexível, recebendo seus direitos trabalhistas de forma
proporcional.
A informação foi antecipada pelo jornal "O Globo". A medida deve ser anunciada na próxima semana, mas a equipe presidencial ainda discute qual instrumento legal será usado para formalizar a proposta: medida provisória ou projeto de lei.
A informação foi antecipada pelo jornal "O Globo". A medida deve ser anunciada na próxima semana, mas a equipe presidencial ainda discute qual instrumento legal será usado para formalizar a proposta: medida provisória ou projeto de lei.
A ala contrária lembra que mexer em direitos trabalhistas
por medida provisória é sempre polêmico. Em setembro, o ministro do Trabalho,
Ronaldo Nogueira, chegou a anunciar que o governo preparava a flexibilização da
jornada de trabalho.
As declarações provocaram reação de sindicalistas e o
Palácio do Planalto cobrou explicações do ministro e informou que a medida
ainda estava apenas em estudo. Nogueira foi obrigado a dar entrevistas
esclarecendo o episódio.
O governo vai aproveitar as mudanças para aumentar também o
contrato de trabalho temporário de 90 para 180 dias. O anúncio será feito junto
com a transformação do Programa de Proteção ao Emprego em permanente, o que
será feito por medida provisória. O programa atual termina neste mês e passará
a ser chamado de Programa Seguro Emprego.
Criado na gestão petista, o Programa de Proteção ao Emprego
permite à empresa reduzir a jornada de trabalho em até 30%, com o governo
bancando pelo menos 50% da perda salarial do trabalhador com recursos do FAT
(Fundo de Amparo ao Trabalhador).
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