O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido),
reforçou, em visita a Porto Seguro, no Extremo Sul da Bahia, nesta quinta-feira
(17), que não tomará vacina contra a covid-19. Ele ainda questionou as
consequências do imunizante.
"Eu não vou tomar. Oh, imbecil, idiota, que tá dizendo que sou péssimo exemplo, eu já tive o vírus; já tenho anticorpos. Se você virar um jacaré, é problema de você (sic).
Se virar super-homem, nascer barba em
alguma mulher, ou homem começar a falar fino, eles [responsáveis pela vacina]
não têm nada a ver com isso. Como pode obrigar alguém a tomar vacina que não
completou a terceira fase?", indagou, durante discurso.
Bolsonaro viajou a Porto Seguro para assinar duas medidas
provisórias para renegociação de dívidas. Segundo o governo federal, as medidas
provisórias vão possibilitar que empreendedores possam renegociar dívidas com
os Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e
do Centro-Oeste (FCO) e com os Fundos de Investimentos da Amazônia (Finam) e do
Nordeste (Finor).
Também estavam presentes no evento o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, além do prefeito eleito em Porto Seguro, Jânio Natal (PL), e o deputado federal baiano Jonga Bacelar (PL).
Vacinação obrigatória
Mais cedo, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria
pela imposição de medidas restritivas para quem não se vacinar contra a
covid-19. O tribunal decidiu que a vacinação deve ser obrigatória, mas que isso
não significa vacinar alguém à força.
O imunizante da Pfizer se encontra em estudos clínicos de
fase 3 no Brasil, para comprovar eficácia da vacina. São os dados desses testes
que a Pfizer agora submeterá de forma contínua à Anvisa para tentar o registro
definitivo da vacina.
Nesta quinta, o governo de São Paulo voltou atrás e decidiu,
para conseguir a aprovação da CoronaVac, que também vai solicitar o registro
para uso emergencial à Anvisa. Na segunda-feira (14), o governador João Doria
(PSDB) havia dito que o instituto pretendia solicitar apenas o registro
definitivo da vacina, e não o emergencial.
De acordo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, uma
nova correspondência do Ministério da Saúde recebida pelo governo estadual
mostra que a pasta tem interesse na vacina autorizada pela Anvisa, e não apenas
na vacina com registro definitivo.
A CoronaVac está na terceira fase de testes e a eficácia precisa ser comprovada antes da liberação pela Anvisa. *BNews
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