Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) admitem a
possibilidade de soltura e de um eventual registro da candidatura do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava
Jato há 17 dias, em Curitiba.
A declaração aconteceu nesta terça-feira, 24, em
evento sobre "fake news" promovido pela revista Veja no Teatro
Santander, em São Paulo. Entre os convidados estavam o ministro do Supremo e
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, e o ministro do
Supremo Gilmar Mendes.
Mendes chegou a admitir a possibilidade da decisão do
plenário virtual da segunda instância do STF resultar na liberdade de Lula, mas
disse que essa decisão já estaria "prejudicada"."Eu acredito que
já esteja prejudicado, porque o Tribunal (TRF-4) negou o recurso, mas pode,
claro", afirmou o ministro.
Se, eventualmente, o entendimento for de que houve apenas um crime, a pena do ex-presidente
poderá ser reduzida. Embora Luiz Fux tenha afirmado que uma das tarefas do TSE
é preservar a lei da ficha limpa, ele não descartou a hipótese de o presidente
Lula ter sua candidatura à Presidência da República registrada.
"A lei
prevê que o acesso ao Judiciário é uma cláusula pétrea. Evidente que se o
Supremo Tribunal Federal deferir uma liminar, e o TSE vem abaixo dele, manda
quem pode obedece quem tem juízo", disse. "Se o Supremo emitir uma
ordem, eu terei que, necessariamente, cumprir", finalizou.
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