Uma mulher que desempenhava atividades domésticas em
condições análogas às de escravidão foi resgatada na quinta-feira (21) da casa
onde trabalhava, na cidade de Elísio Medrado, após passar 40 anos sem receber
salário, ter folgas ou férias.
Uma força tarefa composta por auditores-fiscais do
trabalho, Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal foi responsável pelo
resgate. As informações foram divulgadas pela Superintendência Regional do
Trabalho na Bahia (SRTE/BA) nesta sexta-feira (22).
Conforme a SRT, como
pagamento por realizar as atividades do dia-a-dia da casa - tais como lavar
pratos, roupas e limpar a casa -, a mulher recebia apenas comida, roupas e
remédios.
Além disso, segundo a secretaria, a trabalhadora era também submetida
a coação moral, psicológica e por vezes até física. De acordo com o procurador
do trabalho Ilan Fonseca, que participou da ação, a trabalhadora era feita
acreditar que era um dever a permanência no trabalho.
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