Se a Educação na Bahia fosse uma aluna, ela estaria
reprovada. E isso não é exclusividade de uma rede ou de outra – mas como um
todo.
Por aqui, ainda não alcançamos as metas do movimento Todos Pela Educação
(TPE), fundado em 2006 para garantir Educação de qualidade no país a todas as
crianças e jovens até 2022.
No relatório bienal divulgado nesta terça-feira
(04), o estado fica aquém dos resultados desejados nas duas metas avaliadas – a
Meta 1, que prevê que toda criança e jovem de 4 a 17 anos esteja na escola; e a
Meta 4, que define que todo jovem de 19 deve ter concluído o Ensino Médio.
Só que, para chegar a
100% em 2022, o índice deveria ter chegado a pelo menos 96,2% em 2015. Isso
interfere diretamente na meta 4. Para ser cumprida, atualmente, o número de
alunos que concluiu o Ensino Fundamental aos 16 anos em 2015 deveria ter sido
de 84,2% - mas foi de 62,3%. Nas condições ideais, a Bahia teria 67,6% de
concluintes do Ensino Médio com idades até 19 anos, mas tem 47,4%.
Para o
gerente-geral do movimento TPE, Olavo Nogueira Filho, os dados revelam duas
coisas. Primeiro, que a questão do acesso à escola não foi superada, como
defendem alguns especialistas. Na Bahia, 211 mil crianças e adolescentes de 4 a
17 anos não estudam. Depois, vem a qualidade – que, para Olavo, precisa ser
relacionada à falta de acesso.
“Os mecanismos até hoje existentes mostram
desgaste ou, mais que isso, começam a indicar que, para que a gente consiga
incluir todos os alunos, principalmente no Ensino Médio, precisamos discutir
qualidade de maneira enfática”. *Com informações do Correio da Bahia
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