Depois de ser apontado como “maestro” na corrupção da
Petrobras, investigada pela Operação Lava Jato, o ex-presidente Lula afirmou
que o objetivo da força-tarefa é “acabar com a vida política do Lula”.
“Eles construíram uma mentira, uma inverdade e está chegando
o fim do prazo. Já cassaram o Cunha, elegeram o Temer com o golpe. Agora,
precisa concluir a novela. Quem é o bandido e o mocinho? Vamos dar um desfecho.
Acabar com a vida política do Lula. Não existe outra explicação por isso.
Não
sei se eles têm família como eu tenho. Embora eu não os conheça, eu respeitaria
mais a família deles”, afirmou, em entrevista coletiva.
Lula, durante seu discurso, relembrou passagens da sua vida
– desde a fundação do PT até a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff.
Segundo Lula, o seu sucesso foi o pior para os adversários.
“E ainda tivemos a petulância de pegar uma mulher que diziam
que era um poste e reeleger. Reeleger a Dilma era pensar que o Lula ia voltar.
Então eles iam tentar truncar. Inventaram uma mentira”, lembrou.
O líder petista relembrou ainda que “fortaleceu” as
instituições do país, por acreditar na defesa dos princípios constitucionais.
“Eu duvido que nesse país, alguém representado pelo governo da Dilma e do meu,
fizeram mais para fortalecer as instituições que defendem o Estado nesse país.
Qualquer delegado sabe o que era a Polícia Federal quando cheguei no governo”,
relembrou.
RESPEITO À FAMÍLIA E ACERVO – Lula lembrou, durante o
discurso, que o seu acervo presidencial está sob suspeita. De acordo com os
procuradores do Ministério Público Federal (MPF), a OAS pagou o armazenamento
de objetos que Lula recebeu enquanto presidente.
“Até o meu acervo está sob suspeita. Quando eu saí da
presidência, eu ganhei presente. Eu não tinha como levar as coisas mais
valiosas para a casa. Eu tinha que guardar presente de chefe de estado. Ainda
não sei quem foi o santo que conseguiu que o Banco do Brasil aceitasse guardar.
Como eu ia levar para casa? Eles falaram do cofre do Lula. Pelo amor de Deus,
se o MP quiser o meu acervo, peguem e levem. Aquele prédio que eles têm, coloquem
meu acervo lá”, pediu.
O líder petista pediu também respeito à sua esposa, Marisa
Letícia. “Eu só quero que respeitem a dona Marisa. Eu não conheço os parentes
desses meninos, mas certamente não são melhores que a dona Marisa. Não é fácil
você ver uma mulher que foi primeira dama, que nunca disse que queria ser dona
disto ou daquilo”, opinou.
Informações: Bocão News
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