O câncer de próstata representa 70% dos diagnósticos de
câncer em homens brasileiros, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer
(INCA), referentes a 2014.
Segundo o INCA, há o registro de 70 mil novos casos
por ano no país para uma doença que tem taxa de 90% de cura se o diagnóstico
for inicial. O problema é que o homem brasileiro tende a descobrir tarde devido
à falta de informação e a resistência ao exame de toque retal.
Esse exame é
insubstituível e o único capaz de identificar a doença com precisão. Segundo o
Centro de Referência da Saúde do Homem, 60% dos pacientes do sexo masculino só
procuram tratamento quando a doença está em estágio avançado.
A ida ao médico ainda depende muito do apoio dos familiares e
75% dos homens chegam ao local acompanhados da mulher, do filho ou outro
familiar. "Aqueles que não estão acompanhados comentam que estão aqui
porque sua mulher enviou", comenta Murta. Exame de toque: O tão temido e falado exame de toque retal
na próstata dura apenas alguns segundos. "No máximo 15 segundos", diz
o urologista Francisco Fonseca.
A simplicidade do exame contrasta com a baixa
procura pela especialidade médica de acordo com dados da Sociedade Brasileira
de Urologia. Cerca de 44% dos homens brasileiros já foram ao urologista e
apenas 32% fizeram o exame de próstata. O exame de toque não é o único que deve
ser realizado. A medição da taxa de PSA, uma enzima produzida pela próstata que
permite a liquidez do sêmen, também é um indicativo para o surgimento da
doença. Um exame não substitui o outro e, em alguns casos, mesmo com a taxa
normal de PSA, o paciente é diagnosticado com câncer.
O urologista Fernando
Maluf lembra que o aumento da próstata é algo que ocorre naturalmente ao longo
da vida do homem, mas seu rápido crescimento associado a dificuldades urinárias
deve ser observado. A realização dos exames de rotina deve começar aos 40 anos
para aqueles que têm registros de casos em parentes de primeiro grau. Apesar de
incidência baixa (2 a 3%), o câncer hereditário pode aparecer mais cedo. Para
aqueles sem registros, os exames podem ser feitos a partir dos 50 anos.
Fonte: Uol
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