O PLS (Projeto de Lei do Senado) 198/2014 prevê que o saldo
do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) possa ser sacado quando o
trabalhador, ou qualquer um de seus dependentes, for acometido por uma doença
grave.
O projeto de lei foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS)
nesta quarta-feira (8). A legislação atual prevê que o saque do fundo seja
feito apenas por pessoas que se encontram em estágio terminal ou por portadores
de HIV.
Para o autor do projeto de lei, o ex-senador Pedro Taques, não é
consonante com a dignidade da pessoa humana, exigir-se que o trabalhador chegue
a um estágio terminal de saúde para ter direito a sacar o saldo de sua conta no
FGTS.
Segundo o site do Senado Federal, Pedro Tasques frisou que a medida
poderá garantir as condições para a recuperação ou a estabilidade da saúde, a
depender da doença e do estágio. A relatora, senadora Lúcia Vânia
(S/Partido-GO), rejeitou emenda do senador Roberto Rocha (PSB-MA) que pretendia
definir quais doenças graves podiam ser consideradas para o saque. Caberá ao
regulamento estabelecer os casos de doenças graves que possibilitarão o acesso
ao FGTS.
Vários senadores comemoraram a aprovação da proposta. Eduardo Amorim
(PSC-SE) questionou para que serviria o FGTS depositado se, no momento da luta
pela proteção à vida, o trabalhador não pode dispor do recurso. Otto Alencar
(PSD-BA) afirmou que o saque dará condições de salvar vidas e de recuperar a
saúde do trabalhador ou de seus dependentes.
Dalírio Beber (PSDB/SC) disse que
a doença é o caso em que a pessoa mais precisa do fundo. Se não houver recurso
para o reexame da matéria no Plenário do Senado, o projeto seguirá diretamente
para análise da Câmara dos Deputados.
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