Cerca de 14 milhões de famílias beneficiárias do Programa
Bolsa Família vão receber um conversor de TV digital com grande capacidade de
interatividade. O equipamento foi apresentado pela Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) como consenso após uma série de discussões entre
governo, empresas públicas e privadas de radiodifusão e grupos de
telecomunicações.
O Grupo de Implantação da Digitalização da TV (Gired),
liderado pela Anatel, decidiu hoje (15), depois de uma reunião que durou cerca
de oito horas, na sede da agência, em Brasília, que o conversor terá
interatividade pelo padrão Ginga C, 512 kilobytes (Kb) de memória e 2 Gigabytes
(Gb) de memória flash. Isso significa um aparelho que vai atender plenamente às
necessidades das famílias.
Segundo André Barbosa, superintendente Executivo de
Relacionamento da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pelo Brasil
4D, projeto-piloto que permite a alguns beneficiários do Bolsa Família, a decisão
de hoje inaugura a possibilidade de uma TV que não apenas disponibilize bons
programas, mas também serviços, por meio de aplicativos e vídeos para as
pessoas.
De acordo com Barbosa, com o conversor acoplado à televisão, o
beneficiário poderá fazer consultas sobre vagas de emprego, capacitação
profissional, serviços públicos nas áreas de saúde, educação, segurança e
transporte, além de serviços bancários, cursos técnicos e de educação
financeira. “Esta é a mudança na sua televisão. Não é só ver o programa
preferido, o jogo de futebol, o noticiário. Mais do que isso, é ter informações
que você precisa, que estão à sua disposição e que antes só estavam na internet
e, agora, passam a estar na tela da televisão”, disse.
Embora ainda não tenha sido anunciado o custo de cada
conversor, Barbosa acredita que ele deve ficar em torno de R$ 130, incluindo a
antena. Uma licitação será feita para a aquisição das “caixinhas”, que
começarão a ser instaladas no próximo ano, gratuitamente, nas casas dos
beneficiários do Bolsa Família residentes das capitais e, até 2018, em todo o
país, informou. Para o superintendente da EBC, alguns detalhes no equipamento
poderiam ser melhorados, por exemplo, uma capacidade maior de memória.
Apesar
disso, Barbosa garantiu que o modelo escolhido atenderá às necessidades
iniciais de cada família. O superintendente destacou que o Brasil implementará
um projeto novo no mundo e espera que ele possa ser levado a outras regiões que
também tenham residências sem internet, como outros países da América Latina e
da África.
Informações: Agência Brasil
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