O governo e a Petrobras estimam para junho um novo aumento
da gasolina e do diesel. O calendário, que não foi divulgado ao mercado,
integra um dos pontos do mecanismo aprovado em dezembro pelo conselho de
administração da empresa, presidido pelo Ministério da Fazenda.
Na reunião de
dezembro, o conselho iniciou uma nova política de preços com o reajuste de 4%
para a gasolina e de 8% para o diesel. À época, a estatal afirmou que o
mecanismo fora adotado para garantir a "convergência dos preços internacionais
ao mercado doméstico", há tempos defasado, e "assegurar a redução do
nível de endividamento da estatal no prazo de 24 meses".
Segundo a Folha
apurou junto a integrantes da equipe econômica, o calendário passou a preocupar
mais a cúpula do Executivo após o reajuste do mês passado ter sido um dos
vilões do aumento da inflação em 2013.
Uma saída, segundo setores do governo,
seria antecipar o aumento, talvez para março, diluindo assim o impacto do
reajuste sobre a campanha de reeleição de Dilma Rousseff. Evitar a pressão
inflacionária em ano de sucessão é uma das obsessões da presidente da
República.
Nas avaliações internas, a principal força eleitoral da campanha
pela reeleição vem do baixo índice de desemprego e do estável nível de renda da
população, variável sempre impactada quando há pressão nos preços.
Informações: Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário