Rebelião em Itabuna, diretoria suspeita de envolvimento com
o crime em Eunápolis e fiscalização ineficiente em Ilhéus são algumas das
ocorrências que colocaram em evidência a “crise histórica” do sistema
penitenciário baiano esta semana, segundo avaliam autoridades ligadas ao
setor prisional.
Para o promotor de justiça Edmundo Reis, da Promotoria de
Execuções Penais do Ministério Público da Bahia (MP-BA), “a força centrípeta do
crime na Bahia está dentro das penitenciárias”. “Porque não se investe no
sistema (prisional) à mesma medida da segurança pública”, opina.
Segundo
informações do titular da Secretaria de Administração Penitenciária e
Ressocialização (Seap), Nestor Duarte, o número de detentos nas 24 unidades
administradas pela pasta supera em quase 40% a capacidade dos presídios do
estado: são cerca de 12 mil presos para 8.500 vagas.
Embora tenha
acompanhado os casos do interior do estado “a distância”, Reis afirma que as
deficiências estruturais nos três municípios do sul da Bahia não destoam dos
problemas gerais da capital, como a superlotação, estrutura obsoleta, falta de
investimento em tecnologias e necessidade de pessoal.
”Assim como no
interior, o conjunto penitenciário em Salvador é muito díspare. Mas é válido
ressaltar que o abandono do sistema penitenciário não é algo recente. Vem
ocorrendo desde inúmeras gestões passadas”, avalia.
Informações: ATarde
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