A Sociedade Bíblica Americana e o Instituto de Pesquisas
Barna divulgaram no início deste mês como a maioria das pessoas vê a Bíblia.
Embora os dados sejam referentes somente aos americanos, o estudo serve como um
alerta global para as nações de maioria cristã.
Entre os entrevistados, 66%
concordaram que “a Bíblia ensina tudo o que uma pessoa precisa saber para viver
uma vida significativa”, mesmo assim, 57% dizem que a leem menos de cinco vezes
por ano.
E o mais revelador: 58% dos cristãos dizem que não querem
seguir todos os “conselhos” da Bíblia.
“Há uma diferença entre acreditar em
algo que é benéfico e abrir seu coração, mente e vida para deixar que isso
entre”, explica Geof Morin, diretor de comunicação da Sociedade Bíblica
Americana. Ele acredita que algumas pessoas “veem a Bíblia como um
medicamento”, ou seja, apelam para ela somente quando estão com
problemas.
Contudo, Morin ressalta que existem motivos para comemorar.
Sessenta e um por cento dos adultos gostaria de ler mais a Bíblia. Sua
organização está tentando descobrir como facilitar isso. A Sociedade Bíblica
Americana explica que seu maior objetivo é “levar a Palavra de Deus para onde a
Bíblia mais carece ser conhecida”, por isso imprime e distribui exemplares em
diversas línguas e manda para outros países.
Ao mesmo tempo, pretende “convidar milhões de pessoas que
estão dentro das igrejas a renovar seu compromisso com a Palavra de Deus”.
Junto com o envio de Bíblias no exterior e usando as escrituras para trazer
alívio, este objetivo de transformar a cultura constitui declaração da missão
da organização... Ele explica ainda que a grande aposta é como facilitar o
acesso digital às Escrituras, seja na tela do computador, do smartphone ou do
tablet. Outro levantamento recente mostra que 40% dos americanos leem mais as
versões digitais da Bíblia que as impressas. Por isso, a Sociedade Bíblica está
se dedicando a criar aplicativos e usar as redes sociais como uma maneira de
manter o texto sagrado relevante para a nova geração. Embora 88% dos lares
possuam mais de um exemplar da Bíblia, em apenas 13% ela é lida diariamente.
Somente 43% das pessoas dizem que ler a Bíblia as fazem
sentir “mais perto de Deus”; 34% dizem que isso as faz “sentir em paz”. O livro
de Salmos (16%) é apontado como a leitura predileta. Mesmo assim, uma
comparação com levantamentos similares feitos nos dois últimos anos, mostra que
existem motivos para preocupação. Um quinto (21%) da população acredita que a
Bíblia é a Palavra de Deus e a leem pelo menos quatro vezes por semana.
Um
número crescente (10% em 2011, 17% este ano), acredita a Bíblia é “apenas mais
um livro de ensinamentos escritos por homens”. Por outro lado, há aqueles que dizem
que a Bíblia tem alguma verdade, mas raramente a leem diminuiu (26% em 2012,
23% este ano). Sessenta por cento dos entrevistados dizem estar familiarizados
com os relatos bíblicos, enquanto 6% dizem não saber “quase nada” sobre seus
ensinamentos. Entre os evangélicos, 12% dizem sentirem-se “confusos” quando a
leem, enquanto 23% dos católicos dizem não entenderem o que leem.
Em uma época onde o casamento homossexual e o aborto
tornaram-se questões amplamente identificadas com a política, apenas 17% dos
cristãos adultos dizem “estar interessados nos ensinamentos da Bíblia sobre
esses assuntos”. Apenas 31% dizem que isso influencia suas escolhas na hora de
votar. Curiosamente, 77% das pessoas dizem que a moralidade no país está
decaindo. Trinta por cento dos entrevistados dizem que a mídia (TVs, jornais,
filmes, livros) é a maior responsável por isso. Mais da metade (56 %) acreditam
que a Bíblia tem pouca influência na sociedade atual, e apenas 13% acreditam
que essa influência é “demasiada”.
O porta-voz da Sociedade Bíblica afirma:
“O que talvez
muitas pessoas deixam de reconhecer é que a maneira mais fácil de a Bíblia
influenciar a sociedade é primeiramente deixar que suas palavras influenciem
nossas próprias decisões.” “Se mais pessoas lerem a Bíblia de uma forma
consistente e usá-la como um roteiro para suas vidas, acho que o mundo seria um
pouco mais brilhante”, disse o porta-voz.
Com informações American Bible e
Christian Post
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