quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Em entrevista coletiva, pastor Edimar nega participação no duplo homicídio


No início da manhã desta quarta-feira (27), a Polícia Civil de Vitória da Conquista realizou uma entrevista coletiva para apresentar o pastor Edimar Brito, acusado de ser o mentor dos assassinatos da também pastora Marcilene Sampaio e de sua prima, Ana Cristina Sampaio, no dia 19 de janeiro. 

Edimar foi preso na tarde dessa terça-feira (26), em uma Fazenda da zona rural no município de Ibicuí, após cerca de 20 horas de buscas da polícia.

À imprensa, Edimar voltou a negar que foi ele quem assassinou as duas mulheres a pedradas. Ele foi bastante suscinto durante a entrevista, recusando-se a falar qualquer coisa à respeito do crime. 
Já de acordo com o delegado Marcus Vinícius, titular da 10ª Coordenadoria de Polícia do Interior (10ª Coorpin), Edimar confessou que esteve no local do duplo homicídio, coagido pelos os outros dois criminosos, Fábio de Jesus Santos e Adriano Silva dos Santos, que estão presos e confessaram participar da ação a pedido de Edimar, que seria o mentor do crime. Além disso, segundo os dois homens, Edimar foi quem teria desferido as pedradas nas vítimas.

Ainda segundo a polícia, Edimar foi encontrado na casa de um parente, após conferência de algumas denúncias. Segundo o delegado Marcus Vinícius, a sua equipe saiu de Vitória da Conquista às 3 horas da manhã dessa terça e percorreu mais de 800 km até encontrar o pastor. O delegado afirmou que além dos recursos de inteligência da polícia, a colaboração da população foi essencial para efetuar a prisão de Edimar. “Nós verificamos cada denúncia chegou à Polícia Civil, realmente todas foram verídicas, a população levou muito a sério esse caso, não fez denúncias falsas, e coroamos com êxito o cumprimento da prisão preventiva que foi decretada pela Vara do Júri”, declarou Marcus Vinícius.

O delegado informou que após localizar Edimar, ele ainda conseguiu fugir, já que o acesso à fazenda que ele estava é muito difícil. Mas diante do cerco, o acusado decidiu se entregar diante da presença do seu advogado. Durante os sete dias em que esteve foragido, Edimar contou com a ajuda de várias pessoas. “Ele é muito conhecido e querido por várias pessoas. Ele acabou ludibriando essas pessoas que o ajudaram. Aqueles que o ajudaram de má fé, sabendo que ele tinha envolvimento com o crime e tentaram protegê-lo vão responder também criminalmente”, afirmou o delegado.

Para a polícia, o duplo homicídio está elucidado, precisando apenas fechar alguns detalhes do inquérito, por ser um caso muito complexo, com muitas vítimas e muitos autores, apesar de Edimar não ter confessado a autoria. “Diante dos interrogatórios e acariações, nós pretendemos provar cabalmente o evolvimento do mesmo. Os indícios são muito grandes, tendo em vista que os co-autores o denunciam e uma das vítimas também o denuncia”, ressaltou Marcus Vinícius. Assim, os três acusados serão indiciados, a princípio, por duplo homicídio.

Informações: Resenha Geral

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