quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Brasil registra quase um tremor de terra por dia; maioria não é sentido


Ao contrário do que muitos imaginam, o tremor de terra que acordou os moradores de Rio Branco do Sul e Itaperuçu, no Paraná, na madrugada desta segunda-feira (18), não é um fenômeno raro no Brasil. Só para se ter uma ideia há quase todos os dias um terremoto no país. 

É o que afirma o Marcelo Assumpção, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de São Paulo). 

Embora a palavra terremoto esteja associada a tremores com grandes potenciais de destruição --como o de magnitude 7.1 que ocorreu no México nessa terça--, no Brasil esses abalos sísmicos são bem mais leves e quase nunca destrutivos. 
"Estamos falando de tremores pequenos com magnitude média de 2 graus na escala Richter", aponta Assumpção. "Muitos deles acabam nem sendo sentidos pela população, alguns até nem são captados pela Rede Sismográfica Brasileira", acrescenta. 

Segundo o especialista, tremores de magnitudes inferiores a 5 dificilmente provocam estragos, o que justifica o recente tremor de 3.5 graus no Paraná não ter passado de um susto. "Os de magnitude 5, por exemplo, ocorrem uma vez a cada cinco anos. A cada grau a mais na magnitude, o fenômeno se torna 10 vezes mais raro. 

Ou seja, um tremor de magnitude 6 é registrado a cada 50 anos. Já um de 7 graus a cada 50. Já um de 7 graus a cada 500 anos", explica Assumpção, que acrescenta ser pouco provável [embora não impossível] o Brasil um dia ter um terremoto como o do México. *Portal UOL

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