quarta-feira, 5 de abril de 2017

Bahia tem 211 mil crianças e adolescentes de 4 a 17 anos que não estudam


Se a Educação na Bahia fosse uma aluna, ela estaria reprovada. E isso não é exclusividade de uma rede ou de outra – mas como um todo. 

Por aqui, ainda não alcançamos as metas do movimento Todos Pela Educação (TPE), fundado em 2006 para garantir Educação de qualidade no país a todas as crianças e jovens até 2022. 

No relatório bienal divulgado nesta terça-feira (04), o estado fica aquém dos resultados desejados nas duas metas avaliadas – a Meta 1, que prevê que toda criança e jovem de 4 a 17 anos esteja na escola; e a Meta 4, que define que todo jovem de 19 deve ter concluído o Ensino Médio. 
A metodologia analisa os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2015. A Bahia está abaixo a média brasileira em todos os indicadores, mas a situação do país é também crítica: o Brasil não atingiu nenhuma meta. Hoje, 94% dos baianos de 4 a 17 anos estão na escola. 

Só que, para chegar a 100% em 2022, o índice deveria ter chegado a pelo menos 96,2% em 2015. Isso interfere diretamente na meta 4. Para ser cumprida, atualmente, o número de alunos que concluiu o Ensino Fundamental aos 16 anos em 2015 deveria ter sido de 84,2% - mas foi de 62,3%. Nas condições ideais, a Bahia teria 67,6% de concluintes do Ensino Médio com idades até 19 anos, mas tem 47,4%. 

Para o gerente-geral do movimento TPE, Olavo Nogueira Filho, os dados revelam duas coisas. Primeiro, que a questão do acesso à escola não foi superada, como defendem alguns especialistas. Na Bahia, 211 mil crianças e adolescentes de 4 a 17 anos não estudam. Depois, vem a qualidade – que, para Olavo, precisa ser relacionada à falta de acesso. 

“Os mecanismos até hoje existentes mostram desgaste ou, mais que isso, começam a indicar que, para que a gente consiga incluir todos os alunos, principalmente no Ensino Médio, precisamos discutir qualidade de maneira enfática”. *Com informações do Correio da Bahia

Nenhum comentário:

Postar um comentário