sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Por inveja, adolescente mata colega de escola com faca e martelo


Uma adolescente de 14 anos confessou ter matado uma colega da mesma idade em São Paulo. O motivo do crime? Ciúmes e inveja. Suzana Paulino da Silva foi assassinada em casa.

A garota, caçula de três irmãs, estudava no nono ano da Escola Estadual Jardim Gaivotas III. No dia 8, ela passou mal e foi para casa, no bairro Grajaú, mais cedo, levada pelo avô. 

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, X., a suspeita, disse na escola que iria visitar a amiga para levar os assuntos discutidos na aula e os exercícios. “Ela foi à casa da vítima com intenção de brigar”, diz a SSP. Suzana estava sozinha em casa.
Ela teria mostrado uma música em celular a X., mas a tela do telefone bloqueou e a menina pediu a senha à amiga, que ignorou. Começou então uma discussão. Depois de dez minutos de briga, X. foi até a cozinha e pegou uma faca. De volta à sala, ela atacou Suzana e a feriu no pescoço. A adolescente tentou se defender e chegou a tomar a arma, mas X. então pegou um martelo e atingiu Suzana na cabeça. “Mesmo percebendo que Suzana morreu com o golpe, a adolescente deu várias facadas em sua cabeça. E quando percebeu que a vítima não esboçava mais reação, observou o corpo e ainda deu mais golpes em seu rosto”, disse a SSP.

O corpo da adolescente foi encontrado pela mãe e por uma das irmãs de Suzana. As duas contabilizaram o roubo de três blusas, um estojo de maquiagem, uma prancha de cabelo, uma blusa de manga jeans e um celular. A polícia chegou à suspeita depois que ela foi vista na escola usando uma blusa e um celular da vítima. “Também chegou ao conhecimento dos investigadores que a autora teria temperamento difícil, de orientação homoafetiva e que nutria pela vítima um sentimento de raiva, provavelmente por ciúme”.
Uma busca na casa de X. revelou os objetos furtados. Inicialmente, a jovem tentou negar o crime, mas acabou confessando.


Sem arrependimento

Uma prima de Suzana, que prefere não se identificar, falou sobre a descoberta de que a “amiga” matou a adolescente. “No dia em que foi apreendida, minha tia e prima ficaram frente a frente com ela. Não falou nada, apenas confessou o crime. Ela não demonstrou arrependimento em momento algum”, disse ao Extra.
Um professor da escola das duas diz que X. tinha um perfil problemático e que sempre se envolvia em confusões.

A mãe e as irmãs de Suzana ainda não voltaram para a casa. O pai da jovem morreu há seis anos. “Tinha sempre uma implicância com alguém. Mas nunca imaginava que chegaria a esse ponto. Acredito que ela não tinha afeto e atenção em casa e acabava querendo chamar atenção de alguma forma”, afirma.

A mãe e as irmãs de Suzana não voltaram para a casa onde o crime aconteceu – o pai da jovem já é falecido. “Elas não voltaram e nem querem voltar. E ninguém pretende ter contato algum com a família dela. Está todo mundo abalado ainda. Só quero que ela pague pelo que fez, pois ela não tem condições de viver em sociedade, mesmo sendo menor. Todos têm receio de ela sair e cometer algo novamente contra a família”, diz a prima. 

Informações: Correio

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