terça-feira, 19 de maio de 2015

Polícia baiana registra média de sete estupros a cada 24 horas


O número é assustador, mas é uma realidade difícil de esconder. No ano passado, a Bahia registrou 2.818 casos de estupros contra mulheres, dos quais 521 ocorreram em Salvador e outros 214 nos municípios que compõem a Região Metropolitana. Isso dá uma média de sete estupros à cada dia no Estado e quase dois crimes dessa mesma natureza à cada dia em Salvador. 

Os dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) divulgados em 13 de abril deste ano, revelam um crescimento desse tipo de crime em relação a 2013, que foi de 2.512. O caso mais recente aconteceu na última sexta-feira (15), quando um homem invadiu o estacionamento que fica em frente ao Hospital São Rafael, no bairro de São Marcos, seqüestrou uma médica e a violentou, no bairro de Valéria. 
Até o início da noite desta segunda-feira, a polícia ainda não tinha capturado o estuprador. Os números da SSP são um pouco diferentes do divulgado no ano passado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.Pelo Fórum, a Bahia aparece com 2.872 casos de estupros, 54 a mais que os números da SSP, porque nem todas as queixas registradas necessariamente não indicavam o número de vítimas envolvidas.

Salvador, com 521 casos, tem três vezes mais casos registrados que a segunda maior cidade do Estado, Feira de Santana, que registrou no ano passado 148 casos de estupros, e  mais de quatro vezes o total de casos registrados na terceira maior cidade do Estado, Vitória da Conquista, que teve 131 casos de estupros em 2014. Na Região Metropolitana, a cidade que teve mais notificações de estupros foi Lauro de Freitas, com 55 casos, seguida de Camaçari (32) e Simões Filho (23). 

Na maioria dos casos, conforme explicou o delegado titular da Delegacia Territorial de Pau da Lima, e que acompanha o caso da médica, William Achan, o criminoso tem um perfil violento, utilizando-se de ameaças e violência física, antes e durante a consumação do fato. Ele disse ainda que áreas mais afastadas do centro são os locais onde costumam haver mais casos. “É difícil ele, o criminso, não usar de violência física contra as suas vítimas”, disse. 

Informações: Tribuna da Bahia

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