segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Começa maratona de julgamento do goleiro Bruno e companhia


Os holofotes estão todos voltados para apenas um lugar: o fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde começa a ser decidido, nesta segunda-feira (19), o futuro do goleiro Bruno e de outros quatro acusados pelo sequestro e morte de Eliza Samudio, ex-amante do jogador. Para quem espera fortes emoções, a defesa e acusação prometem corresponder à expectativa. Já na abertura dos trabalhos, uma informação poderá alterar o andamento do júri.

Os assistentes de acusação deverão pedir a troca do corpo de jurados, escolhido no fim do mês passado, integrado por sete pessoas que já absolveram um dos réus, referente a outro crime, há 12 dias. O problema, segundo fontes ligadas à acusação, não é a sentença, mas a possível “afinidade” dos jurados com um dos advogados de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.
“Ouvi ele dizendo que tudo vai dar certo porque sabe que seu trabalho é admirado pelos jurados”, conta uma fonte, que pediu para não ser identificada. Como o corpo de júri é o mesmo em um prazo de um mês, as mesmas pessoas que julgaram Bola podem ser escolhidas para definir o futuro de Bruno e dos demais réus.

PRECAUÇÃO
O fórum convocou jurados suplentes para evitar problemas como esse, mas nunca se sabe o que pode ocorrer, principalmente porque parte da defesa se interessa pela suspensão ou adiamento dos trabalhos. Várias medidas foram tomadas nesse sentido, inclusive com reclamações junto ao Supremo Tribunal Federal, alegando que o direito amplo de defesa dos acusados estaria sendo cerceado, entretanto os esforços foram em vão.
Outras mudanças ainda são esperadas, como o desmembramento dos processos de Dayanne Rodrigues, ex-mulher de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro. A primeira responde pelo sequestro e cárcere privado do filho de Eliza e a segunda pelo sequestro e cárcere privado do menino e da mãe dele.
INCÓGNITA
Como os outros réus, Bruno, o amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Bola respondem pelo homicídio. O julgamento pode ser desmembrado durante o decorrer dos trabalhos.
Polêmicas e estratégias à parte, defesa e acusação têm o mesmo objetivo: convencer os jurados. “Não há dúvidas de que eles mataram Eliza, todo o resto que será dito é mentira. Quem tem coragem de sequestrar no Rio de Janeiro, onde já há uma condenação, acredita que pode fazer o mesmo aqui”, afirma José Arteiro, assistente de acusação, em relação a Bruno.
“Nem sequer temos um crime. Que provas existem do homicídio? É uma história fantasiosa. A essa hora, a vítima está em algum lugar rindo da cara de todos”, alega Rui Pimenta, advogado de Bruno.

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