Segundo o jornal, o testemunho dos pais foi confirmado por uma fonte dentro da Justiça. Informações sobre a identidade dos envolvidos foram preservadas para não prejudicar as investigações.
Os familiares contaram que, desde a infância, C.M. tinha dificuldade de expressar os sentimentos. Chegou a fazer análise duas vezes. “Era um menino muito tímido, mas depois da terapia melhorou”, conta a mãe.
Na adolescência continuou introvertido, mas era carinhoso, apaixonado por música e tecnologia. “Meu neto sempre gostou de computador e aprendeu sozinho a tocar violão e a falar inglês”, disse a avó.
No fim do ano passado, C.M. ficou ainda mais retraído, não queria se alimentar, nem ir à escola para varar as madrugadas em frente ao computador. Os pais pensaram que era apenas uma crise da adolescência.
Por trás da nova fase,estava o início do namoro virtual com uma garota conhecida pela rede social IMVU – site que reúne salas de bate-papo com personagens em D e acúmulo de créditos a serem trocados por roupas, móveis e bebidas. As interações possíveis no IMVU vão desde olhares até sexo virtual. O jogo simula ambientes como boates, praias, bares. Para participar, basta cadastrar email, escolher idade, gênero e aparência.
Desde então, a menina começou uma série de ameaças de que o namoro estava terminado e de que ela iria se matar. Na manhã de 6 de maio, a família foi acordada com o grito do tio do adolescente ao ver C. enforcado na entrada do próprio quarto.
“Encontramos mensagens da garota dizendo que ele era um traidor, que iria queimar no inferno e que ela iria tirar a própria vida. Achamos que ele se matou por pensar que ela também havia feito o mesmo. A última mensagem dele dizia: ‘vou provar o meu amor por você’”, contou a mãe do adolescente.
O caso está sob investigação policial como possível incitação ao suicídio, crime que prevê pena de 2 a 6 anos de reclusão (dobrada se a vítima tiver menos de 18 anos).
Informações de A Tarde
Nenhum comentário:
Postar um comentário