terça-feira, 6 de março de 2012

Evangélicos chegam a 40 milhões de pessoas no Brasil e empresas investem em produtos


A transformação religiosa pela qual o Brasil vem passando expõe uma mudança cultural gradativa e significante na formação da sociedade brasileira. O crescimento dos evangélicos caminha lado a lado com o crescimento econômico do país, porém, sem relação direta. As políticas econômicas do governo federal, adotadas a partir de 1994, ano da adoção do plano Real, com queda significativa da inflação e os programas de distribuição de renda, que se iniciaram ao final dos anos 1990 e começo dos anos 2000, fizeram com que mais de 30 milhões de pessoas saíssem da linha de miséria nos últimos dez anos. Atualmente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que alimentaram um estudo do economista Marcelo Nery, os evangélicos no Brasil chegam a 20% da população, alcançando algo próximo a 40 milhões de pessoas.

Em termos econômicos, os evangélicos são formados majoritariamente por pessoas das classes sociais C e D, justamente as que mais tiveram crescimento de poder aquisitivo nos últimos anos. Isso explica, em parte, o crescimento do mercado de produtos ligados à fé, como a música gospel e a literatura cristã, e promove até, o surgimento de novos nichos de mercado de consumo, como fábricas de roupas e lojas especializadas em moda evangélica, voltada basicamente para o vestuário feminino, obedecendo as doutrinas das igrejas. A música gospel no Brasil tem alcançado crescimento significativo, que pode ser analisado com base no investimento de gravadoras multinacionais que passaram a investir nesse nicho. Os maiores exemplos são a Sony Music e a Som Livre. Parte desse crescimento é também creditado à doutrina ensinada nas igrejas de que crime é pecado e que a pirataria é crime, além é claro do crescimento do poder aquisitivo dos evangélicos, que acompanha o crescimento econômico do país. (Gospel+)

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